terça-feira, agosto 29, 2006

Confissões públicas

Confissões públicas
A Loja da Santa Ordem na Ma(ma)deira, não é, como poderia parecer, um edifício algures entre as bananeiras de verde prado, mas sim uma organização de gente que se foi acomodando, e sustentado, ao largo destes anos da arca das patacas no governo regional. Acolher na sala Magna da Loja, todos estes iniciados da “ luz”, vai ser tarefa que dia menos dia terá que ser feita. Muita matéria já foi publicada. Dizia o Grão mestre, num desse escarros que lhe vem das profundas cavidades etílicas,mas que revela o conhecimento dos males alheios, e pode assim lhes privar dos remédios, que o vice- secretario geral do PSD-M da Ma(ma)deira, aquele do mealheiro, era de confiança, e continuava a ser, não deixando no entanto de recordar ao seu estimado escriba publico, que isso já vinha “ ..desde os tempos que ele era jornalista, e eu director do JM”.Que conste , e para que se saiba, que nenhum cão morde a mão do mestre que o alimenta.

Uma das personagens estelares que coordena os esforços concertados da rede politica –social-religiosa, elo forte com a sacristia, é certamente a Joana, dita a louca do regime.Tal como a outra de Espanha, esta é muito dado ao catolicismo de alcova, e Abreu-se neste jardim, tal orquidea fanosa,com as facilidades que lhe permitiram a sua formação no ecumenismo conciliar, sendo que as duas têm em comum a paixão dos belos. Uma, como Rainha e com o Filipe, de que de Belo só tinha o cognome, mas Arquiduque de Áustria, e esta, a indígena, com os belos que pode engatar nos discretos salões do burgo, ou sustentar lá por Londres. Enquanto a Filha do Aragonês pariu farta prole, a de cá, vai parindo umas capas, nas edições limitadas e pagas com o dinheiro dos contribuintes, com alguns títulos óbvios como aquele que dicta que no mar há água. Coisas de cagarras. Mas isto de ter passado o estágio no Vaticano, até com número dado, tem as suas consequências, nos pecados comuns, e absolvições de conveniência. A nossa apreciada Joana regional, grande apreciadora dos surfistas, rainha de chinelo de couro de Marrocos, além de boa cozinheira e apreciadora de mornos lácteos, foi o elo forte entre a vermelha sotaina, e capatazes paroquiais, que viria armadilhar qualquer oposição às ambições de poder do Grão Mestre. De facto, e tal aqui devemos reconhecer, com essa horda de pregadores,autêncos agentes políticos a soldo, a lavagem cerebral às massas não foi tarefa difícil, e os resultados, são apreciáveis. O povinho, muito dado a romarias e procissões, rapidamente entrelaçou o sacro do poder com a liturgia do domingo, e transferiu a emoção afectiva para o voto nas urnas. A nossa Joana que de louca só no sofá de couro, foi além disso a grande promotora na descoberta da velha que deu o testemunho para beatificar o real descendente de Carlos V, e cuja irmã, a Leonor ,ao parir D. Manuel, aparenta o Gonçalo Zarco, à Coroa Madeirense. Nisto das grandezas, e com mais algum esforço, ainda levará o dos “ Bragannza” ao trono da Loja Real.
Entretanto filha, aproveita a saído do confessor para os lados de S.António, recolhe-te à sacada, sai do palco, e apaga as luzes. Não há cremes, nem mesmo os de baba de caracol, que te atenuem as rugas de tanto fredericalho pecado.

Bruder
A Loja da Real e Santa Ordem da Ma(ma)deira

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